quarta-feira, 31 de março de 2010

Adeus ao Mestre


Na última segunda feira, o jornalismo brasileiro ficou mais pobre. As palavras choram, pois o mestre em tratá-las se foi.
Armando Nogueira, 83 anos, sucumbiu ao câncer e partiu. Sem ele, além das palavras, choram os fãs, as redações, os amigos, enfim, o Brasil inteiro.
Se nos orgulhamos de ter o melhor jogador de futebol de todos os tempos (Pelé), o gênio da grande área (Romário), o pai da aviação, podemos nos orgulhar de ter tido o Mestre das palavras.
Dono de um estilo requintado, fino e inteligente, Nogueira fez história nos seus mais de 60 anos dedicados ao Jornalismo.

Fica aqui uma singela homenagem a um dos maiores de todos os tempos na sua área.

Descanse em paz, Mestre!

terça-feira, 30 de março de 2010

Quem é vc no salão?


Pierrô,Arlequim e Colombina são personagens do estilo Commedia dell'Arte.
A peça é uma sátira social, no qual acontece um triângulo amoroso entre três serviçais da corte do Rei.
Pierrô: tem o seu verdadeiro nome de Pedrolino. Ele era o mais pobre dos personagens,vestia-se de roupas feitas de sacos de farinha e não usava máscaras, apenas pintava o rosto de branco.
Vivia sofrendo e suspirando de amor pela Colombina.
Colombina: Bela e refinada criada. Era o pivô do triângulo, tinha o amor do romântico Pierrô, mas tentava conquistar o malandro Arlequim. Para despertar o amor deste último, ela dançava e cantava nos espetáculos.
Arlequim: Arlequim era um espertalhão, que seduzia a Colombina por sua dança e movimentos acrobáticos. Era o sedutor!
Eis a confusão do salão: De um lado um Pierrô apaixonado, de outro um sedutor Arlequim e no meio a indecisa Colombina.
O que ela decidirá? Arlequim , sua fantasia ou Pierrô, seu amor impossível?
Beijos cheios de folia!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Homem-máquina e o show do Eu

Em tempos pós-modernos ou hipermodernos, como prefere Lipovetsky, o binômio homem-máquina está cada vez mais entrelaçado. O limite de onde começa um e termina outro, está ficando cada vez mais difícil de se estabelecer.
Lendo o livro o Show do Eu, da autora Paula Sibilia, encontrei o seguinte trecho:

"Também proliferam as metáforas procedentes do universo informático quando se trata de arquivar ou deletar algum dado particular do nosso acervo mental, escanear a própria memória procurando algo esquecido, gravar uma informação com segurança redobrada no cérebro, desfazer um pensamento indesejável ou clicar no ponto certo para abrir um link hipertextual. Pode ocorrer, também - e, de fato, isso acontece cada vez mais assiduamente -, que a nossa memória "dê uma pane". Nesses casos, é bem provável que tenhamos esquecido também de fazer backup, uma cópia de segurança das informações mais valiosas. Em certas ocasiões convém desligar o equipamento, desconectar todos os fios, respirar fundo e tentar reiniciar a aparelhagem mental pressionando algum prodigioso botão. Talvez caiba cogitar na possibilidade de trocar o disco rígido ou, por que não, dar uma turbinada nas capacidades de memória fazendo um upgrade geral."

sexta-feira, 26 de março de 2010

Triste país

Reprodução: Globo.com (24/03/2010)
O assunto da semana na grande mídia e, por consequência, nas rodas de conversas é o julgamento do pai e da madastra da menina Isabela Nardoni.

Julgamento concorrido, pessoas chegando cedo ao Fórum, multidão do lado de fora com cartazes, pareceres técnicos nos meios de comunicação, especialistas de todos os tipos cavando seu minuto de fama na esteira de um assunto tão delicado quanto esse.

Acompanhando de perto a cobertura feita pelos grandes jornais, portais e TV fico com a sensação de que estão apresentando um reallity show. E a população embarca neste sentimento. Está faltando pouco para que todos queiram participar na eliminação dos acusados (Estilo BBB. Ligue para o telefone tal e dê a sentença).

Fico lembrando da cobertura na época da morte de Isabela e a histeria foi a mesma. Semanas e semanas, equipes a postos transmitindo ao vivo da frente do prédio onde ocorreu o fato, pessoas dando palpites nas ruas como se fossem especialistas criminais e peritas. Uma reportagem da época me chocou, quando uma senhora que morava em frente à delegacia afirmou que com o término do BBB (da época), ela tinha mais um caso para acompanhar de sua varanda, o caso Isabela. Pessoas iam a casa desta senhora para ficar olhando para a movimentação do local onde estava o pai da menina.

Eis que abro o portal Globo.com e me deparo com a pérola de "reportagem": Ivete Sangalo pede justiça no caso Isabela.
Parei para ler o primeiro parágrafo e logo desisti: "Ivete Sangalo resolveu se pronunciar na tarde desta quarta feira (24) sobre o julgamento..."

Triste país...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Twitter nas eleições


Continuando com a sequência de posts falando sobre o uso das mídias sociais nas eleições que acontecerão em outubro deste ano, parece que os candidatos, pouco a pouco, vão despertando para a necessidade de se utilizar essa preciosa ferramenta.

Contudo, nós (os eleitores) temos que nos conscientizar de que essa é uma arma poderosa em nossas mãos. Através dela, podemos entrar em contato direto com os nossos representantes e fazer valer nossas opiniões. Vamos cobrar, criticar, elogiar e tudo o que pudermos fazer para tentar fazer uma política melhor em nosso país.

Segue abaixo alguns dos endereços de twitter de políticos. Para uma relação maior e mais completa, clique aqui.

José Serra: @joseserra_
Marina Silva: @silva_marina
Ciro Gomes: @ciroFgomes

quarta-feira, 24 de março de 2010

Picadeiro Brasil


A carta abaixo chegou ao meu e.mail. A história é verídica e ainda está em curso.
A incrível saga para se realizar uma prova de concurso público demonstra bem o que o povo brasileiro representa para as classes dirigentes: Somos um grupo de "palhaços" (peço perdão à classe dos abnegados trabalhadores de circo) tratados sem um mínimo de consideração.
Somos jogados a parte, ao sabor das vontades e conveniências, e sem nenhum direito de nos defender.
Será que tudo vai acabar em pizza??

O estado das coisas neste país vai de mal a pior. No dia 14 de março de 2010, foi realizado o Processo Seletivo para REFAP – Empresa do sistema Petrobras, localizada no Rio Grande do Sul. O concurso foi organizado (ou desorganizado) pela FUNDATEC, localizada no mesmo estado.

O que foi visto foi uma falta de respeito para com os quase 22 mil candidatos inscritos que investiram tempo, estudo e dinheiro, pois uma boa parte foi de outros estados para realizar a prova. Quem participou do concurso se deparou com uma prova mal elaborada e completamente fora do conteúdo proposto no edital.

Mas o que é mesmo de se espantar é que a prova da REFAP para o cargo de Engenheiro de Processamento Jr., por exemplo, trouxe nada menos que 15 questões IDÊNTICAS (mesma pergunta, mesma ordem das alternativas e claro mesma resposta), ao do concurso do SEMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto do Rio Grande do Sul) realizado no ano de 2008 com a organização também da FUNDATEC.

Depois de uma espera de quase uma semana sem qualquer informação concreta, eis que na última sexta feira (19/03/2010) foi liberada no site da FUNDATEC uma nota dizendo que parte da prova de 8 dos cargos que estavam sendo disputados havia sido anulada, e que novas provas seriam reaplicadas no dia 17/04/2010 apenas para esses candidatos. O motivo dado pela própria FUNDATEC em seu site para tal gafe foi o seguinte:

“Foi constatado que, na montagem das provas, de forma involuntária, foram usadas questões que já haviam sido utilizadas em concursos anteriores.”

Como assim de forma involuntária? Acredite se quiser e puder!!!

Mas o que chama mais atenção nesse circo todo é o fato de apenas PARTE DA PROVA ter sido anulada. A prova era composta de um total de 50 questões. Dessas 50 questões, 30 continuam valendo mas as outras 20 terão que ser refeitas novamente! No final soma tudo e vira uma grande festa!!!! Mas lembre-se, isso é apenas para 8 cargos, pois os demais prosseguem como se nada tivesse acontecido. E existe isso???

E como ficam os candidatos que viajaram da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Recife, entre tantos outros estados para fazer essa prova? Quem vai arcar com os gastos de passagem, translado, hospedagem e alimentação dessas pessoas que terão que retornar a Porto Alegre para realizar uma nova prova que NÃO estava prevista no edital??

Num país como esse que conta com um mercado de trabalho tão complexo, os concursos públicos ainda eram considerados uma das melhores opções. Agora até isso nos será tirado???

Fica a pergunta no ar... será que tudo vai acabar em pizza???
Entrega rápida de Brasília direto para o Rio Grande do Sul!

terça-feira, 23 de março de 2010

Coluna da Rouge-A nau da liberdade


"Navegadores antigos tinham uma frase glorioa: 'Navegar é preciso, viver não é preciso'.
Quero pra mim, o espírito dessa frase, transformada a forma para a casar com que ue sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar."
(Fernando Pessoa)

Naveguemos no mar da liberdade, nos versos do poeta.

LIBERDADE

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa


Poesias,de Fernando Pessoa é o livro de cabeceira que retrata em versos as grande navegações.Mimo em que a pequena escriba Rouge ganhou de presente do 'chefe Argônio'.

Beijos,
Rouge Cerise

domingo, 21 de março de 2010

A Ilha do Medo

Junte em um mesmo filme um diretor aclamado (Martin Scorsese), um ator premiado (Leonardo diCaprio) e um dos melhores escritores da atualidade (Denis Lehane). Pronto! Sucesso garantido e uma bilheteria recorde de 40 milhões de dólares, apenas na primeira semana de exibição, nos Estados Unidos.

O filme é um suspense psicológico com todas as suas nuances e reviravoltas. DiCaprio interpreta (com maestria, por sinal) o policial federal Teddy Daniels, responsável pela investigação do sumiço de uma prisioneira, interna em uma instituição corretiva para detentos com doenças mentais.

Com o desenrolar da investigação, todas as aparências vão ruindo e Daniels tem de encarar de frente todos os seus maiores pesadelos. As dificuldades crescentes tornam a investigação uma verdadeira busca pela sanidade e que expõe o quão tênue é a linha entre a loucura e a normalidade.

Suspense como há tempos não era filmado. Um filme que tem tudo para entrar na galeria de um dos melhores filmados por Scorsese e uma das melhores atuações de DiCaprio.
Recomendadíssimo pelo Argônio.

Clique aqui para saber mais sobre o autor Denis Lehane.

sábado, 20 de março de 2010

Nossos advogados



Dentro de nós habitam dois seres, um bom e outro mau.

Quero dizer, um lado que pensa em boas ações, e outro que não pensa muito, se é que vocês me entedem. Poderíamos denominá-los de várias maneiras: consciente e subconsciente, dia e noite, lado A e lado B (como os antigos discos de vinil), cão e gato, água e vinho, certo e errado, anjinho e diabinho e outros tantos. Porém, não é o nome que representa estes seres, e sim as características e os aspectos fundamentais para que eles entrem em ação, quando e como.

Por exemplo: se você achar uma mala de dinheiro no aeroporto, um fica dizendo: - vamos leva pra casa, deposita no primeiro banco.... Enquanto o outro humildemente diz: - É claro que você vai devolver, este dinheiro não é seu, e se for um pagamento de resgate? Somos sempre colocados á prova, e temos como conselheiros esses dois "advogados", que te fazem resolver as situações por você mesmo, no qual quem se ferra de qualquer forma é você!

Bom, como não sou deste planeta, descobri á um tempo que os meus "advogados" são diferentes. São eles: o bem capaz você ta louca! E o outro: azar não sou perfeita mesmo! Então esses dois tem trabalhado tanto, que parecem estressados um com outro, resolveram chamar há alguns meses um outro ser : o tanto faz! Bom, esse pobre coitado pra ele tudo éstá bom, desde que não se comprometa com nada, nem ninguém! Acho que vivi os últimos seis meses assim só ao lado do "tanto faz!

Era tanto faz pra lá, tanto faz pra cá. Mas esse final de semana os outros dois voltaram, e novamente começou o zumbido no ouvido:- Bem capaz você está louca! Ahhhhh azar eu não sou perfeita!! Um lado tentando me convencer que não sou louca, e outro me dizendo que não sou perfeita; na verdade me trouxeram novamente a vida, a escolhas, a dignidade.
Matei o "tanto faz" que estava me possuindo, e graças a esses dois seres que nos habitam voltei a acreditar que estou viva, e louca ou imperfeita (sei que sou os dois) vou me equilibrando, e volto a entender outra vez o milagre de estar vivo!
Grazi Maciel

sexta-feira, 19 de março de 2010

Annabel Lee

Um pouco de poesia para começar bem o final de semana. Escrita pelo gênio Edgar Allan Poe e traduzido pelo não menos gênio Fernando Pessoa.

ANNABEL LEE *(de Edgar Allan Poe)
Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Eleições Digitais


Disse em alguns posts anteriores sobre o modo como irei acompanhar as campanhas eleitorais com bastante interesse. Será a primeira com a presença efetiva da internet. Redes sociais, blogs e vários modos de interação entre candidatos e eleitores poderão ser vistos nos próximos meses.

Com a eleição de Obama para os Estados Unidos, um novo modo de se fazer campanha virtual surgiu. O Twitter, com sua disseminação e penetração nas divesas camadas, surge como uma importante arma de campanha (reconhecida até pela candidata Dilma Roussef).

Acredito que o "bom" uso do Twitter será fundamental. Contudo, não basta ter um perfil, atualizando com agendas de campanha e notícias que se referem ao candidato. A arma está disponível e tem de ser bem usada, para surtir efeito. Interatividade e reciprocidade devem ser pré-requisitos.

Candidatos devem se mostrar interessados em debater pontos de campanha e promessas. Saber ouvir atentamente, inclusive as críticas, e responder sempre. Não deixar menções aos seus nomes, sem um retorno. A troca de informações personalizadas confere uma importância para quem emitiu um parecer, que nunca foi capaz anteriormente.

Para nós, eleitores, a possibilidade de um aprofundamento nos debates é uma oportunidade de ouro. Siga seus candidatos, pergunte, discuta e decida o melhor voto.
Um novo país ainda é possível!


Uma excelente entrevista com Alex Primo abordando o uso das mídias sociais nas eleições, você pode encontrar aqui. (Clique aqui e vá para o Blog ZGuioto).

quarta-feira, 17 de março de 2010

Eu só quero é ser feliz...


A figura acima foi retirada no dia 15 de março do Twitter. O post do (bom) jornalista Roby Porto é uma clara referência ao fato do jogador rubro-negro Vágner Love ter sido filmado chegando a um baile funk, no qual traficantes armados andavam sem a menor cerimônica pelo local.
Algumas análises devem ser feitas:

(01) Quer dizer que uma pessoa tem de se privar de ir aos locais pois o mesmo está dominado pelo tráfico?

Análise: Não andaremos mais no Rio de Janeiro (para ficar na análise de um local que conheço e posso falar com mais propriedade). Praticamente todas as favelas e bairros de menor renda são dominados pelo tráfico. Quem já foi a esses locais, sabe que é "normal" encontrar pessoas andando armadas nas ruas. Basta ver fotos e filmagens em todos os telejornais.

(02) Jogador de futebol não pode ir à favela?

Análise: Concordo que por ser uma pessoa pública, um jogador de futebol deveria zelar por sua imagem. Mas ele não pode deixar de visitar os locais que deseja. Existe um direito de ir e vir, garantido por Constituição. O jogador diz que possui obras assistenciais no local e que pretende continuar visitando. Cabe aos governantes do país, melhorar o sistema de segurança e garantir aos moradores de bem dos locais carentes a segurança necessária.

Para encerrar, quando leio algo desse tipo, tenho a nítida sensação de que as pessoas falam "favela" como se fosse um xingamento e que o desejo é que se cerque esses locais e que as "pessoas de bem" sejam isoladas das mazelas e do convívio com a "escória" da sociedade.
Temos que pensar bem no que desejamos para o futuro de nosso país.

Mais uma vez lembrando: As eleições estão chegando. Consciência!

terça-feira, 16 de março de 2010

Coluna da Rouge: Argonio's Collection


Momentos inesquecíveis nos remetem a trilha sonoras.

Basta uma determinada música tocar, que somos guiados ao túnel das lembranças: deliciosas, românticas, tristes, maliciosas.

A imaginaçãoo se move de acordo com os acordes.

O universo argônico tem a característica da miscelânea cultural, por aqui encontramos diversos assuntos e somos levados a reflexão.

E como não poderia faltar trilha sonora no post de hoje, apresento Argonio's Collection: uma seleção de músicas que tem a face Argônica.

Aproveite e mergulhe neste universo.

Boa viagem!

Argonic's Collection

Steve Vai - For the Love of God

Live - Pain Lies On The Riverside

Alceu Valença - Como dois animais

Shaman-Innocence

Pink Floyd-Wish You Were Here (live)

Zé Ramalho - Chão de giz

A preferida do 'chefe' Ar: Sad But True- Metallica

Beijos sonoros!

ROUGE CERISE

segunda-feira, 15 de março de 2010

Brasil, o país do descaso

O último final de semana foi emblemático para quem acompanha a organização de eventos esportivos no Brasil.

Como seremos o país da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016, cada evento de grande porte ou não é acompanhado de perto por todo o mundo. E alguns testes vão apontando para falhas sucessivas e ligando cada vez mais o sinal de alerta.

A Fórmula Indy disputada pela primeira vez em um circuito de rua, em São Paulo, foi um festival de desencontros. Asfalto liso demais, ondulado e muita reclamação fizeram que o treino classificatório fosse adiado e um tratamento na pista feito na madrugada de Sábado para Domingo.

Outro evento, realizado no Maracanã, é mais preocupante. Um clássico regional (Flamengo x Vasco) e os problemas se multiplicam cada vez mais. Confusão na venda de ingressos, informações truncadas, roletas sem funcionar (eram apenas 15 para um público de 30 mil. Imaginem se fosse vendido a carga total de ingressos? Seriam quase 70 mil passando por apenas 15 roletas). Resultado: Confusão, tumulto e desrespeito ao torcedor, que se afasta cada vez mais dos estádios brasileiros.

O estatuto do torcedor que apareceu como uma tentativa de ajustar e normatizar os direitos dos frequentadores de estádios, é rasgado a cada final de semana, sem que o governo intervenha e faça com que seja respeitado.

Um título é certo para o Brasil: O país do descaso.

sábado, 13 de março de 2010

Pearl Jam - Do The Evolution

Nada como uma folga de final de semana.
Fique com um dos melhores vídeos de animação já produzidos.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Filosofia Já!


Muito se discute sobre a utilidade e funcionalidade da Filosofia. Enquanto alguns não podem nem escutar em falar sobre discutir visões filosóficas, outros insistem em dizer que Filosofia é coisa de teóricos desocupados e que não serve para nada.
Recomendo a leitura da Revista Cult, edição 143. Nela, uma sequência de artigos sobre a funcionalidade da Filosofia é esclarecedora.
Destaco uma passagem do artigo de Juvenal Savian Filho, quando ele destaca um trecho do texto de Boécio (filósofo da época do fim do Império Romano) e que retrata a Filosofia como sendo uma mulher:
"Apareceu-me uma mulher, acima de meu olhar. Seu aspecto era venerável; seus olhos, repletos de fogo, mais penetrantes do que podem ser os olhares humanos. (...)
Suas vestes era confeccionadas de fios muitos finos, trabalho delicado, matéria indestrutível; fora ela mesma quem as tecera. Podia-se ler, bordada na franja inferior, a letra grega Pi; e, no alto, um Theta. Entre essas duas letras, via-se como uma escada, com degraus que levavam da letra inferior à superior. Entretanto, sua indumentária havia sido rasgada por mãos brutais, que lhe arrancaram tantos pedaços quantos foi possível arrancar."

quinta-feira, 11 de março de 2010

Blogueando n'A Lenda



Mais uma vez estamos Blogueando n'A Lenda.

Como o blog é rico em conteúdo, sempre indico este espaço por aqui.

Sempre interessante e com uma visão diferente do apresentado na grande mídia, A Lenda tornou-se consulta obrigatória e diária.

Desta vez falando sobre o caso do jogador Adriano e sua relação com a comunidade que nasceu. Vale a pena ler o post. (Clique aqui para ver o blog)

O Imperador, a favela e o ódio de classe

Além do título de Campeão Brasileiro de 2010 (obrigado pela correção, Nixon!) a volta de Adriano ao Flamengo – dure quanto durar e tenha que desdobramentos tiver – terá deixado, na minha opinião, pelo menos uma grande contribuição para o clube e sua torcida. Não falo da elevação da autoestima da torcida pelas vitórias, gols e artilharia do Brasileiro, das cifras envolvendo venda de camisas etc.


Refiro-me ao fato de que, à parte os problemas pessoais que a crônica esportiva (e geral) adora explorar, Adriano colocou a favela e a associação da torcida do Flamengo com a mesma em primeiro plano. (Não o conheço pessoalmente, nem tenho quaisquer elementos para escrever sobre sua conduta – acreditar no que diz a mídia gorda é que eu não vou. E, mesmo que tivesse condições, não escreveria. Inclusive me incomoda que, só de olhar as manchetes nas bancas de jornal, eu volta e meia seja “informado” sobre onde o atacante vai – ou, para usar um termo frequente nas chamadas, “se esconde” ou “se refugia”.)


Sempre ouvi as torcidas de Vasco, Botafogo e Fluminense (principalmente a última) gritarem “ela, ela, ela/Silêncio na favela!” em clássicos contra meu time. Em alguns jogos do Brasileiro do ano passado, pela primeira vez, ouvi a torcida rubro-negra – parte dela – gritar “Favela, favela, favela/Festa na favela” (no ritmo do refrão de “Sorte Grande”, adotada há alguns anos para comemorar gols e vitórias). Isso aconteceu raras vezes (vale dizer que não estive presente em diversos jogos), durou pouco tempo e a música não foi cantada pela maioria dos presentes na arquibancada – cujo ingresso mais barato de inteira para adulto custava R$ 30. Ainda assim, fiquei bastante impressionado com a manifestação da torcida, assumindo – mesmo que de forma tímida e parcial – uma alcunha que os adversários lhe impõem pejorativamente. Some-se a isso uma bandeira de uma das torcidas organizadas (não lembro qual) com o rosto do jogador e, ao fundo, alguns barracos.


Não sei se a torcida assumirá de vez e em massa o grito de “favela” como seu, mas só o fato de alguns terem tomado a iniciativa de fazê-lo já me alegra. Mas acho que a presença de Adriano no Flamengo serviu e serve para explicitar preconceitos – inclusive os de muitos jornalistas da mídia gorda esportiva, reacionária e moralista – que se acham os últimos bastiões dos valores morais e não aceitam o fato de o jogador ir à favela. No fundo, lhes é intolerável que alguém ganhe fama e dinheiro e não vire as costas para os hábitos, pessoas, lugares, gostos, amizades, diversões de antes da fama/riqueza.


O Futepoca traz hoje um exemplo, retirado de uma mesa-redonda de ontem à noite. Os bafafás em torno do Imperador acabam por revelar o preconceito e o ódio de classe que permeiam a visão de mundo de certos jornalistas esportivos – para não falar de um moralismo obtuso e fora de época. Num país em que os preconceitos são ferrenhos, mas, paradoxalmente, tendem a ser escondidos sob o tapete, a exploração da vida pessoal do Imperador e os juízos morais sobre ela podem revelar muito sobre nossa sociedade, sobre nossos preconceitos e sobre as visões de mundo de certos jornalismos e jornalistas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Quantos Tubes há na rede...

Caros Argonautas,

Mais um artigo feito a quatro mãos está no ar.
Com a orientação do mestre Wilson Oliveira, pesquisamos e montamos um artigo falando sobre o YouTube e seus derivados na grande rede.

Com esse, já são três artigos publicados.

Segue o link para acessar o artigo completo.

Clique aqui para ver

Clique aqui para acessar os outros posts a respeito de artigos publicados.

terça-feira, 9 de março de 2010

Coluna da Rouge - Dia Internacional dos Homens


Por que essa data não é comemorada no mundo real?

Aqui, no Universo Argônico, por alguns momentos coloco-me na posição masculina:Como eu reagiria ao calçar uma chuteira para jogar futebol?

Não que nós mulheres não possamos fazer isso, porém não com tanta habilidade. Inegável!

Será o meu corpo tão quente ao ponto de poder abraçar outro corpo durante uma noite fria, para que a pessoa que estivesse comigo pudesse ficar aquecida de amor e carinho?

Se eu fosse um pai? Levaria meu filho ao colégio todos os dias de manhã, mesmo após passar horas intermináveis esperando minha esposa encontrar o brinco de pedrinha verde?

Será que eu saberia ser objetivo nos problemas da vida?

Sentar-me calmamente e raciocinar, sem chorar? E no trabalho? Após passar um dia inteiro retornaria para casa o que eu esperaria? Que alguém estivesse a minha espera, repleta de carinhos ou cheia de lamentações?

E fazer uma mulher se sentir amada? Não só na relação íntima, mas será que eu seria um pai presente, que passaria segurança ao filho somente com minha presença?

Não tenho respostas,apenas conjecturas. Existem ainda várias perguntas, mas hoje tentei colocar-me no lugar da alma masculina a fim de tentar entendê-los.

Oh, que infortúnio! Tarefa árdua!Mas extremamente prazerosa! O que seríamos de nós mulheres sem vocês?


Beijos!


Rouge

segunda-feira, 8 de março de 2010

Nostalgia


Assistindo ao canal ESPN Brasil, tive a excelente surpresa de poder ver na íntegra o jogo final da Copa do Mundo de 1970. Brasil 4 x 1 Itália.
Um dos maiores clássicos do mundo, uma das partidas mais decantadas de todos os tempos.
Já cheguei a assistir outras partidas daquela copa, mas foi a primeira vez que assisti na íntegra, analisando como se fosse uma partida de hoje em dia.
Talvez por ser uma partida final, o nervosismo deve ter tomado conta dos jogadores. Alguns lances bonitos, mas nada do outro mundo (Já sei que vem polêmica pela frente. Antes que me joguem pedra, acredito que tenha sido a melhor seleção de todos os tempos).
A partida no ritmo mais cadenciado, apresentou alguns aspectos que me chamou a atenção.
# A quantidade de faltas violentas e que não eram punidas com cartões amarelos (O zagueiro Brito, da seleção brasileira, deu duas entradas pra valer e nem foi advertido).
# Os jogadores caíam no chão e levantavam imediatamente. Não tinha cera.
# O juiz não deixava entrar em campo os médicos e massagistas.
# O melhor em campo foi Gérson. Com uma visão extraordinária do jogo, virava jogo, ditava ritmo e comandou a seleção.
Bem...Já estou imaginando a repercussão. Aberto aos comentários. Peguem leve!

domingo, 7 de março de 2010

Onde está o povo?

Estou lendo o livro Consumidores e Cidadãos, do teórico Néstor Canclini. Nele uma passagem em especial me chamou a atenção e levanta uma discussão interessante sobre a obrigatoriedade do voto.

"Nas nações onde o voto é voluntário, mais da metade da população se abstém nas eleições; onde é obrigatório, as pesquisas revelam que 30 a 40% não sabe em quem votar uma semana antes dos comícios. Se as manifestações nas ruas e nas praças diminuem, e se dispersam em múltiplos partidos, movimentos juvenis, indígenas, feministas, de direitos humanos e tantos outros, ficamos com a última parte da questão: onde está o povo?"

Fica a dica: Faça valer a pena a eleição 2010. Convoque, instrua, conscientize... Vamos mudar esse quadro. A hora é agora!

sábado, 6 de março de 2010

Vamos praticar a democracia


Ano de eleição e mais uma vez tenho a difícil tarefa de acreditar que o povo brasileiro irá demonstrar maturidade política e fazer valer o direito do seu voto.
Sei que é meio batido esse papo de eleições, de escolher o melhor e blábláblá... Sei o quanto é difícil, também, manter-se motivado perante tantos escândalos e casos de corrupção Brasil afora. Contudo, temos que continuar acreditando, se queremos mudar o quadro e fazer um país mais justo.
Este ano, particularmente, estou interessado no desenrolar da campanha política. Com o uso mais efetivo da internet, veremos um novo patamar chegar às eleições brasileiras. Não espero, uma interatividade e comunicação maciça como foi o caso da campanha das eleições presidenciais americanas, na qual Obama usou e abusou deste artifício. Mas, mesmo engatinhando, as campanhas já deram entrada nas redes sociais da grande rede.
Acompanharei de perto e trarei sempre que possível, casos (positivos e negativos) de uso da internet na campanha.
Fica a dica: Acompanhe os candidatos. Faça valer os seus direitos. Marque em cima e mantenha contato com os mesmos após eleitos. A força que temos nas mãos é inimaginável e nunca tivemos esse patamar de comunicação direta com a classe política.
Juntos podemos construir um país mais justo e melhor!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Blogueando no Dossiê Alex Primo


Algumas pessoas, sabendo da minha paixão pelos livros e pela tecnologia, têm me perguntado sobre os leitores eletrônicos.

Como ainda não tive acesso ao Kindle os seus semelhantes, nunca consegui passar das informações básicas, tais como a comodidade de carregar enormes quantidades de livros, a facilidade da leitura e navegação, a tecnologia da "tinta eletrônica" (que não cansa a vista) e por aí vai.

Blogueando no Dossiê Alex Primo, dei de cara com um testemunhal de uso do Kindle. Como achei interessante, compartilho com vocês.

Mesmo sabendo que o iPad seria lançado nas semanas seguintes, decidi voltar com um Kindle na bagagem de uma recente viagem aos Estados Unidos. E já posso confirmar: estou muito satisfeito com esse charmoso leitor de e-books.

Em julho eu tinha testado o e-reader da Sony, mas não tinha ficado impressionado. Sim, a tecnologia do e-ink realmente me fascinou, mas o pequeno aparato japonês não despertou meus instintos consumistas. A interface, tanto de hardware quanto de software, se mostraram espartanas demais e de usabilidade ruim.

A sensação de manusear um Kindle pela primeira vez é muito diferente. A Amazon conseguiu alcançar aquele tipo de satisfação à primeira vista que apenas a Apple parecia saber despertar. O aparelho é realmente fino, bonito e muito leve. Agora, para descrever a qualidade da tela basta relatar esta surpresa inicial. Assim que tirei o Kindle da caixa vi que na tela havia umas instruções básicas de como ligar o aparelho. Achei que era um adesivo, como aqueles que normalmente vem grudados em dispositivos digitais. Mas eu estava errado. Não se tratava de uma película com desenhos e ilustrações muito bem impressos: era a própria tela e-ink que já vinha em modo standby. Foi assim que descobri que o Kindle nunca desliga totalmente. Ele fica sempre com uma linda ilustração randômica quando você usa o botão superior para desativá-lo (que na verdade coloca-o em modo "hibernação").

Os botões do Kindle são muito fáceis de ser acessados, pois situam-se em sua lateral. Por outro lado, o tecladinho para tomar notas e buscar livros na loja virtual é muito ruim de ser usado. Mas em um próximo post farei uma análise detalhada da interface e usabilidade.

O que quero destacar é o prazer de ler no Kindle. Como a tela não é iluminada por trás (o que exige boas condições de iluminação do ambiente) e tendo em vista a altíssima qualidade dos textos exibidos na tela (saiba mais sobre a tecnologia e-ink), o Kindle revela-se uma aparelho perfeito para longas leituras. Sendo assim, se você é um leitor voraz, você precisa ter um Kindle. É bem verdade que o aparelho é caro (ainda mais se você importá-lo legalmente no site da Amazon). Para ele se pagar você precisa ler muito e aproveitar os descontos das versões online. Mas corra, algumas editoras querem aumentar os preços dos e-books, apesar dos protestos da Amazon.

Logo que recebi o Kindle, comprei uns livros e assinei revistas e jornais (a Amazon oferece 14 dias gratuitos). Além disso, baixei umas "amostras" de livros, disponíveis para se conhecer um pouco da obra antes de comprá-la. O processo de compra e assinatura de periódicos é rápido e fácil. Os arquivos digitais são rapidamente baixados via rede de celular (cujos custos são pagos pela própria Amazon).

Enquanto a leitura de livros só merece elogios, a assinatura de revistas e jornais é um caso à parte. As edições dos jornais O Globo e New York Times (que estou pagando pela assinatura), assim como as do jornal Zero Hora e revistas Time e PC Magazine que testei, trazem uma ou outra imagem em preto e branco. Ou seja, elas são constituídas basicamente de texto. É como você estivesse recebendo apenas metade das informações.

As edições dos jornais normalmente chegam cedinho. Confesso que é bom ler bons colunistas sem ter de abrir enormes folhas de papel jornal. Esse tipo de interface digital adequa-se muito bem à leitura na mesa do café, em aviões e ônibus. Além disso, é ótimo para ler deitado na rede! Por outro lado, a navegação pelos periódicos usando os botões e o pequeno joystick do Kindle é mais trabalhosa. Seria muito bom ter uma tela sensível ao toque (como este leitor da Sony). Mesmo assim, por enquanto vou mantendo minha assinatura digital do Globo. Espero que a Folha lance sua versão para Kindle em breve. Em todo caso, a falta de imagens é um fator que decepciona este blogueiro que insiste em pagar por conteúdo(!). Quanto a isso, algumas reflexões.
Por que assinar o New York Times se é possível lê-lo gratuitamente na web? Apenas pela comodidade de lê-lo no Kindle. Mesmo assim, o alto preço não compensa. Neste mês já estou cancelando minha assinatura daquele prestigioso jornal. Quem sabe eu volte a assiná-lo no ano que vem, quando seu conteúdo gratuito será podado na web. E talvez eu continue assinando algum grande jornal brasileiro (os jornais gaúchos são dureza!), para poder ler bons colunistas assim que acordo. De toda forma, tenho consciência que o Kindle é para livros, não para periódicos.

É aí que entro no tema que dá título ao post (apenas agora?!!!). A tela multi-touch do iPad, suas cores vibrantes e a excelente usabilidade serão excelentes para a navegação pelo conteúdo fragmentário de jornais online e para a leitura de revistas muito ilustradas. O Kindle não poderá concorrer. Talvez uma versão nova com a esperada tela e-ink colorida sensível ao toque possa ser tentadora. Mas não acredito que a Amazon consiga vencer nesse terreno.

Por outro lado, o Kindle ainda é imbatível no mercado de livros digitais, que exigem horas de leitura. Ainda que a Amazon esteja testando um browser para o Kindle, a navegação em puro texto em preto e branco é risível. Apesar da ameaça que a Apple representa, a Amazon precisa investir naquilo que ela faz bem: vender livros e oferecer um excelente leitor de e-books. Talvez o iPad não seja o mesmo sucesso que o iPhone. Talvez esse terceiro dispositivo, que situa-se entre um netbook e um iPod Touch, não consiga convencer os consumidores que eles precisam de mais um aparato em suas mochilhas. A única certeza que temos é que a briga será boa.
Em resumo: estou muito satisfeito com meu Kindle. Não acredito que o iPad e a iTunes Store consigam vencer a Amazon na área de livros. Por outro lado, o Kindle vai parecer muito, muito velho para a leitura de periódicos. Será que existe espaço para dois vencedores? A Amazon está arriscando muito em tecnologia, onde a Apple é rainha, botando sua loja de livros em perigo? Será que o iPad será uma promessa que não vai convencer? Os consumidores que viverem verão.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sons e cheiros



Impressionante como é a capacidade de funcionamento do cérebro humano. Além da memória, raciocínio lógico etc etc., a capacidade de recuperar trechos da sua vida, que você nem lembrava mais conscientemente é impressionante.
O som e o cheiro são alguns dos gatilhos mais rápidos para isso.

Quem nunca sentiu um perfume, um aroma de comida e imediatamente após a cena da infância, esquecida lá no fundo do nosso cérebro, vem a tona.

Como sou aficcionado por música, são várias que têm a capacidade de me remeter a um passado que achava que nem me lembrava mais. Escutando algumas (Pain lies on the riverside é ótima para isso...rs), parece que entro em uma verdadeira máquina do tempo e assisto novamente aquela cena.

Cada vez mais me impressiono com o cérebro humano. Por isso, sempre que ouço falar que em um futuro, as máquinas irão desempenhar o papel do homem, não acredito.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Caronas em excesso


Pouco se fala na grande mídia. Mas analise comigo: A final da Taça Guanabara foi disputada entre o time do Vasco e Botafogo. A renda divulgada foi de quase 67 mil pagantes e o público presente foi próximo de 81 mil pessoas.

Fazendo as contas mais simples, vemos que quase 14 mil pessoas entraram de carona no estádio para assistir ao jogo da final do primeiro turno do campeonato estadual do Rio.

Com os ingressos em um preço absurdamente altos para os padrões brasileiros (uma arquibancada chega a custar 50 reais e as cadeiras especiais não saem por menos de R$ 150), gostaria que a divulgação fosse mais transparente e um detalhamento de todo o pessoal que entra sem pagar nos jogos do Maracanã fosse divulgado com mais clareza.

terça-feira, 2 de março de 2010

Coluna da Rouge: Pin up ou poetisa sórdida?


Ao refletir sobre a fase dos vinte e poucos alguns anos na vida de uma mulher fiz uma comparação à poesia.
Por que a poesia? Reflito em Carlos Couto, no ensaio lançado publicado no livro "Sangue Novo na Anemia" da Confraria Terra dos Poetas, de 2004:"Concebo que poesia é uma espécie de idioma, uma linguagem da percepção íntima".
A mulher nessa fase pré balzaquiana ,não é apenas uma Pin up. Sabe usar seu lado sexy com maestria. Ela não tira conclusões,aprendeu a fazer suposições. Tal como um poeta sórdido, em que a marca suja da vida vem a ser a sua poesia.Descubro que esse momento não é da velhice,mas da experiência.
Viva a chegada das primeiras linhas de expressão,estrias e celulites!Aviões possuem pneus ,não é mesmo?
E se agora é o tempo de qualidade, liberdade e auto-conhecimento,onde estará a poesia?
Na diferença!
Entre apenas ser ou se “ fazer” uma poesia.

Abraços!

Rouge Cerise

segunda-feira, 1 de março de 2010

2012 e a Arquidiocese do Rio



O filme 2012, dirigido por Roland Emerich (clique aqui para saber mais sobre o filme), foi sucesso de bilheteria pelo mundo afora.
Contando a história das previsões maias e do fim do mundo em dezembro de 2012, o filme impressionou pelas cenas de destruição do planeta Terra. Vários pontos mundiais famosos foram vistos sendo destruídos pelas técnicas infalíveis dos efeitos especiais.

No entanto, parece que a Arquidiocese do Rio de Janeiro não gostou muito do que viu nas telas de cinema. Semana passada entraram na justiça contra a produtora do filme, exigindo uma reparação por uso indevido de imagem, uma vez que a estátua do Cristo Redentor foi mostrada sendo destruída pelos eventos do suposto final do mundo.

Agora, exigem uma reparação financeira. Os religiosos afirmam que foram procurados na época, não liberaram a utilização da imagem no cinema, mas mesmo assim, os produtores do filme insistiram e colocaram as imagens sem autorização prévia.

Na minha modesta opinião, a Igreja deveria se preocupar mais com seus trabalhos assistencialistas e com o cotidiano da tão maltratada cidade do Rio de Janeiro e deixar assuntos menores como esse, de lado. Além do mais, a publicidade para a cidade do Rio foi mundial e gratuita.

E vocês, caros Argonautas? O que acham da polêmica?