segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Capitular...


meus olhos em um reflexo CAPITU.

"De um lado vem você com seu jeitinho
Hábil hábil, hábil.. e pronto!
Me conquista com seu dom

De outro esse seu site petulante
WWW ponto poderosa ponto com
"


O livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, o maior escritor brasileiro, foi publicado em 1900 e relata em flasbacks o romance de Bentinho e Capitu.
Betinho, um ex-seminarista se casa com Capitu e seu melhor amigo Escobar casa-se com Sancha.
Contudo, Escobar falece e, no enterro, Bentinho julga estranha a comoção de Capitu diante do corpo.
A dúvida permeia em toda a narrativa: Adultério?
Diante da crise, os dois se separam. Capitu viaja para a Europa e o filho do casal, Ezequiel, a cada dia se torna semelhante fisicamente a Escobar.
Capitu morre. O filho,já moço, retorna para o Brasil e Bentinho certifica-se desta tal semelhança.
Cada vez mais fechado em suas dúvidas e crises, passa a escrever da sua vida e, começa a ser chamado de Dom Casmurro.

A dúvida que fica é se houve ou não adultério por parte de Capitu, mas aqui venho analisar Bentinho.

A bela ninfa, como Bentinho a chama no primeiro beijo, com seus olhos de ressaca "soube ser muito mais mulher do que Bentinho homem".
O silêncio frente às acusações do marido a trouxe muito mais grandeza do que culpa.

Se os olhos de ressaca são de um amor e dissimulação ou apenas características físicas, esta pequena escriba não sabe.

Apenas afirmo que Capitu, a “cigana oblíqua e dissimulada”, mesmo personagem é a dona do romance.







É esse o seu modo de ser ambiguo
Sábio, sábio
E todo encanto, canto, canto
Raposa e sereia da terra e do mar
Na tela e no ar
Você é virtualmente amada amante
Você real é ainda mais tocante
Não há quem não se encante

Um método de agir que é tão astuto
Com jeitinho alcança tudo, tudo, tudo
É só se entregar, é só te seguir, é capitular

Capitu



(Capitu
Zélia Duncan/
Composição: (Luiz Tatit) )



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