terça-feira, 14 de setembro de 2010

Educar...


ANA CAROLINA SAKURÁ

O cenário pedagógico discute sobre a proibição da palmada como forma de garantir os direitos da criança.

Enquanto isso, parentes choram o sepultamento do corpo de Wesley Gilbert Rodrigues de Andrade (11 anos), morto por uma bala perdida na escola CIEP, no Rio de Janeiro.



Será que garantir a integridade moral e educacional de uma criança se resume a pedagógica palmada?

O que é a educação neste país?

Como uma criança irá querer progredir, sendo que muitas vezes não sabe se voltará da escola em virtude da violência.

Alunos choram a morte do colega carioca e políticos sorriem ao anunciar a eleição das melhores escolas eleitas pelo Enem.

O vencedor, segundo os resultados do Enem 2009, é o Colégio Vértice (Mensalidade de R$2.700,00), de São Paulo, e o pior desempenho foi o da Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, em Santo Antônio do Içá, no Amazonas.

"Cumpri meu dever, que foi matricular meu filho, mas o Estado não fez a parte dele, que era garantir a segurança pra ele" (pai de Wesley via @reporterdecrime)

A culpa é da palmada?

Reflexões e mudanças urgentes!

2 comentários:

  1. Carol, minha opinião sobre a palmada você já conhece. Agora tenho sido perturbado por uma idéia que não sai de minha cabeça: por que é que o governo não estabalece um programa social voltado à educação dos pais quanto a tarefa de educar um filho? Simples assim. Com o mesmo empenho que têm em promover o aleitamento materno, deveriam promover cursos e palestras em diversas etapas a fim de educar as mães e os pais sobre como criar e educar seus filhos desde o nascimento.

    Essa necessidade se faz presente no mundo moderno, onde é cada um por si. Dentre as famílias de baixa renda está cada vez mais comum as mães criarem os filhos sem os pais, e muitas vezes sem os avós também. Ou seja... está um perereco danado para conseguir ganhar dinheiro para o sustento mínimo e ao mesmo tempo formar um cidadão decente nos tempos atuais.

    E o papel do estado nesse ponto é fundamental: diagnosticar as novas necessidades do povo e implantar medidas preventivas antes que cheguemos ao caos social que tenho previsto para os próximos anos, numa sociedade egoísta, materialista e individualista, onde a luta pela sobrevivência passará a ser instintiva, e não mais racional e nem emocional.

    Estou estruturando em minha cabeça uma ONG para agir nesse sentido, e na primeira brecha de tempo que tiver na agenda, pretendo juntar um grupo de amigos com o mesmo foco que o meu para dar início nesse projeto.

    Grande beijo!
    Adriano Berger

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  2. Olá,Adriano!

    O seu comentário já é uma aula e um post.
    De fato,pensar na estrutura da família é a mola para uma política sócio-educacional eficiente.

    Muito obrigada!

    Sempre aprendo com vc e me sinto mais forte na caminhada.

    Obrigada também ao grande amigo Leo Argônio!

    Abs!

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