quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

País estranho


Realmente vivemos em uma país muito engraçado e peculiar. O país da galhofa, do jeitinho e de subversão dos valores. Qualquer atitude tomada dentro da ética, logo é apontada com um certo espanto.
Estava lendo um site de notícias uma reportagem e os comentários dos leitores a respeito do caso da paternidade assumida pelo Ronaldo Fenômeno (?!). Todos achando a atitude do jogador como sendo de uma grandeza ímpar, exaltando as suas qualidades como ser humano e coisa e tal. Tá certo quem nem todos teriam a mesma atitude (vide o exemplo de Pelé), mas daí passar a exaltar o caráter e alçá-lo imediatamente a uma condição de santo, vai um longo caminho.
Não conheço Ronaldo pessoalmente para saber de suas qualidades e seus defeitos. Mas aí é que está o X da questão. Ele é um ser humano com suas qualidades e seus defeitos. E convenhamos que assumir a paternidade está longe de ser um favor. É uma obrigação. Contudo, como vivemos em um país onde tudo é feito através de jeitinhos e maracutaias, quando temos um gesto que deveria ser o padrão, enxergamos um ato de nobreza.

2 comentários:

  1. aff, assumir um filho não passa MESMO de uma obrigação!
    não sei o que tem de tão grandiozo nisso, só pq ele é famoso?

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  2. Sem falar na notícia de um cidadão que entrega à polícia uma mala com dinheiro e documentos que encontrou na rua. É uma obrigação, mas serve como exemplo...

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