quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Materialização do amor



O mundo se vê atrás da corrida pelo ouro. Pessoas neuróticas pelo emprego, que não se permitem a uma folga, achando que se der brecha, perderá para uma concorrência cada vez mais ferrenha.
E.mails corporativos passados aos domingos e de madrugada são cada vez mais comuns, o que mostra o quanto as pessoas não consegue se desconectar da realidade e não se permite a uma folga que seja.
Este fenômeno deu origem ao que a socióloga Arlie Russell Hochschild chama de MATERIALIZAÇÃO DO AMOR. Para ela, tentando compensar o tempo em que não se é dedicado para a família, o sujeito tenta de todas as formas compensar. E uma das maneiras mais práticas é a compra de mercadorias para suprir esta ausência.
Segundo Hochschild:
“O consumismo atua para manter a reversão emocional do trabalho e da família. Expostos a um bombardeio contínuo de anúncios graças a uma média diária de três horas de televisão (metade de todo o seu tempo de lazer), os trabalhadores são persuadidos a “precisar” de mais coisas. Para comprar aquilo de que agora necessitam, precisam de dinheiro. Para ganhar dinheiro, aumentam sua jornada de trabalho. Estando fora de casa por tantas horas, compensam sua ausência do lar com presentes que custam dinheiro. Materializam o amor. E assim continua o ciclo.”
E então? O que você pretende para a sua vida? Se esgotar através de trabalhos ou tentar levar uma vida mais saudável perto das pessoas que realmente importam?

3 comentários:

  1. O que é o amor natural?

    Amar e se deixar ser amado,nas coisas mais simples.

    Materialização do amor?
    No sentido construtivo da palavra,amando nossos entes queridos e amigos.

    Abs!

    Carol Sakurá

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  2. Eu acho que parte dessa materialização sempre existiu. Não sei como, é uma visão meio pessimista da vida.

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  3. E o carinho é tão barato...

    Fique com Deus, menino Leo.
    Um abraço.

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