A cada dia eu me surpreendo mais até onde chega a capacidade do Estado tratar os cidadãos brasileiros, principalmente na cidade do Rio de Janeiro.
O episódio que ocorreu na manhã de ontem, quando passageiros (que pagam passagens!) da Supervia (concessionária que administra os trens da cidade) foram agredidos por funcionários que, segundo a própria empresa afirmou, estavam preparados para tratar os passageiros com cordialidade e ajudá-los em caso de problemas, é chocante.
Dirão alguns que a reação se deu pelo fato de alguns passageiros estarem impedindo o fechamento das portas das composições e que estavam colocando em risco a segurança de todos. Contudo, a reação desmedida não tem desculpa. O pior foi ter de ver a participação de um policial militar na confusão e que não fez nada para impedir as agressões.
A entrevista do gerente de marketing da Supervia também foi digna de nota. Quando questionado a respeito no jornal da tarde da Rede Globo, o secretário afirmou que a questão da greve está deixando a todos estressados e tentou transferir a responsabilidade para os maquinistas que aderiram ao movimento grevista.
Depois dos muros instalados nas "senzalas" (favelas) e das chibatadas nos passageiros, estou esperando a hora de ver a instalação de troncos em pleno Largo da Carioca.
Veja aqui o vídeo exibido no G1.
Leia aqui mais sobre este assunto no blog A Lenda
Pois é, Léo.
ResponderExcluirE a coisa anda feia, como sempre, na mídia gorda. O "Extra", coincidentemente, teve a mesma idéia que o Jurandir Paulo. Só que o "Extra" está nas bancas hoje, o Jurandir escreveu ontem. Estas "coincidências" entre matérias da mídia gorda idênticas ao que sai em blogues têm sido bastante freqüentes, mas ela nunca cita a fonte. Confira:
http://abundacanalha.blogspot.com/2009/04/o-rio-de-janeiro-em-dois-tempos.html
Realmente a "coincidência" é tremenda...
ResponderExcluirMas não é a primeira, nem a última vez que isso acontece.
Não seria obrigação de uma concessionária prestar serviços com cordialidade? Acho que é exatamente isso que rege a Lei das concessões.
ResponderExcluirMais um absurdo.