terça-feira, 27 de outubro de 2009

COLUNA DA ROUGE CERISE

Reprodução: Internet


A coluna da Rouge apresentará uma série de contos do livro A Dama e o Vagabundo em tabela periódica. O capítulo de hoje: "Como dois animais"

Cobalto caminhava pelas ruas sombrias de Londres.

Garoa fininha, frio e neblina faziam cenário à bela mulher de longos cabelos vermelhos que possuía um semblante um tanto triste, mas sempre sensual de saias e botas.

Argônio era um netos de nobres lordes e sempre ao passar de frente ao café “Cha goût du désir” a vê. Naquele dia chuvoso, resolve tomar coragem e entrar. Como num passe de mágica se encanta pelos lábios carnudos pintados de vermelho paixão e o sentimento é fulminante.

A imagem da doce Cobalto sentada lendo o livro despertava nele os mais profundos desejos. Ele a avistava e desejava as delicadas fitas negras da liga que ela usava.

O deleite tornou-se um vício, não era possível passar uma manhã sem ver a bela de lábios vermelhos e descobrir qual era cor de suas fitas e que segredos aquela bela mulher escondia em seu “Mundo de Sofia”.

A partir desse dia, ele passa a deixar cartas anônimas com a atendente. A ruiva recebe, lê com atenção e sorri.

O homem fica observando e quando a bela se retirava do recinto, ele recebia da atendente a resposta que sempre continha apenas uma palavra e um beijo marcado que incendiava o seu dia.

A cada carta ela responde com uma palavra em um guardanapo, novamente sorri, mas continua atenta ao livro, porém, não sabe pra qual destinatário.

O provocante jogo verborrágico-lúdico se desenrola.

Manhã de chuva mais densa, e a mesma rotina: A sedutora Cobalto chega, abre o livro, cruza as pernas e a atendente vem ao seu encontro com uma carta.

O conteúdo era provocante, narrava um sonho em que seu admirador secreto havia tido: uma dança, lábios a um milímetro de distância. A narrativa descrevia a boca seca, coração com leve disparo, entre as veias circula a adrenalina cérebro a mil e vários pensamentos para atos futuros.

(Clique aqui para conhecer mais sobre o sonho)

Lorde Cobalto analisa na mesa em frente cada gesto de Cobalto.

Novamente, ela lê,sorri, escreve uma palavra, mas não sela com um beijo.

No momento que a moça se retira do café “Cha goût du désir”, Lorde Argônio não espera nem mesmo que a atendente venha ao seu encontro, ele vai ao balcão e pede que o entregue a resposta.

O guardanapo não está marcado com um beijo e sim um uma lágrima.

A palavra?

FIM!

2 comentários:

  1. Provocante texto!
    Aguardo novos episódios!
    Abraços!

    Dra.Rouge

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  2. Uall... Londres!
    Adorei o texto :D
    O meu se passa em Paris, outra cidade inspiradora :D

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