A coluna da Rouge apresentará uma série de contos do livro A Dama e o Vagabundo em tabela periódica. O capítulo de hoje: "Como dois animais"
Cobalto caminhava pelas ruas sombrias de Londres.
Garoa fininha, frio e neblina faziam cenário à bela mulher de longos cabelos vermelhos que possuía um semblante um tanto triste, mas sempre sensual de saias e botas.
Argônio era um netos de nobres lordes e sempre ao passar de frente ao café “Cha goût du désir” a vê. Naquele dia chuvoso, resolve tomar coragem e entrar. Como num passe de mágica se encanta pelos lábios carnudos pintados de vermelho paixão e o sentimento é fulminante.
A imagem da doce Cobalto sentada lendo o livro despertava nele os mais profundos desejos. Ele a avistava e desejava as delicadas fitas negras da liga que ela usava.
O deleite tornou-se um vício, não era possível passar uma manhã sem ver a bela de lábios vermelhos e descobrir qual era cor de suas fitas e que segredos aquela bela mulher escondia em seu “Mundo de Sofia”.
A partir desse dia, ele passa a deixar cartas anônimas com a atendente. A ruiva recebe, lê com atenção e sorri.
O homem fica observando e quando a bela se retirava do recinto, ele recebia da atendente a resposta que sempre continha apenas uma palavra e um beijo marcado que incendiava o seu dia.
A cada carta ela responde com uma palavra em um guardanapo, novamente sorri, mas continua atenta ao livro, porém, não sabe pra qual destinatário.
O provocante jogo verborrágico-lúdico se desenrola.
Manhã de chuva mais densa, e a mesma rotina: A sedutora Cobalto chega, abre o livro, cruza as pernas e a atendente vem ao seu encontro com uma carta.
O conteúdo era provocante, narrava um sonho em que seu admirador secreto havia tido: uma dança, lábios a um milímetro de distância. A narrativa descrevia a boca seca, coração com leve disparo, entre as veias circula a adrenalina cérebro a mil e vários pensamentos para atos futuros.
(Clique aqui para conhecer mais sobre o sonho)
Lorde Cobalto analisa na mesa em frente cada gesto de Cobalto.
Novamente, ela lê,sorri, escreve uma palavra, mas não sela com um beijo.
No momento que a moça se retira do café “Cha goût du désir”, Lorde Argônio não espera nem mesmo que a atendente venha ao seu encontro, ele vai ao balcão e pede que o entregue a resposta.
O guardanapo não está marcado com um beijo e sim um uma lágrima.
A palavra?
FIM!
Provocante texto!
ResponderExcluirAguardo novos episódios!
Abraços!
Dra.Rouge
Uall... Londres!
ResponderExcluirAdorei o texto :D
O meu se passa em Paris, outra cidade inspiradora :D