Êxtase

Tendo o quarto como testemunha, estavam os dois ali. Aquela comunhão por tanto tempo. Ainda sentia como se fosse a primeira vez. Aquelas curvas ainda o atraíam apesar dos 15 anos de convivência.

Silêncio. Ele a pega nos braços, começa a acariciá-la. O som começa a sair baixo e com o tempo aumenta de volume e de intensidade. A cada toque seu, um som. Isso o deixa em êxtase. Sabia como manuseá-la, como tocar e como tirar o melhor dela.
Parecia um primeiro encontro. Ele lembrava bem da primeira vez que a vira. Amor instantâneo. Fez de tudo e cerca de 6 meses depois conseguira levar para casa. Radiante. Nem sabia bem como tratá-la. Mas, depois de tanto tempo sabia bem o que fazer e quando fazer.

A comunhão era perfeita. Ela em seus braços, parecia um complemento.
Depois de quase duas horas de interação, ele estava extenuado. Porém, satisfeito. Suado e sem camisa, deitou-a na cama, sorriu e desligou o amplificador.

A Ibanez repousada parecia lhe retribuir o sorriso.

"Windows to the soul"